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Usina de Baguari planta 155.592 mudas em área equivalente a quase dez Maracanãs
Sexta, 18 de Março, 2016Conhecido mundialmente pelos campeonatos mundiais de Voô Livre, o Pico de Ibituruna tem uma novidade para os praticantes do esporte. Agora, eles podem aproveitar um visual ainda mais verde da região. Isso tudo porque o local foi uma das regiões beneficiadas pelo Projeto de Reflorestamento da Usina Hidrelétrica de Baguari (UHE Baguari) que plantou 155.592 mudas em uma área equivalente a quase dez Maracanãs, ou seja, cerca de 180 hectares.
Desde 2006, o projeto vem sendo realizado para alinhar o desenvolvimento econômico ao ambiental, de forma a reduzir o impacto gerado pela implantação da UHE Baguari e reflorestar as áreas próximas ao empreendimento. O mais curioso do projeto é que as atividades de reflorestamento ocorrem atreladas ao Projeto de Salvamento de Germoplasma, fazendo com que os benefícios à fauna e à flora local tenham um alcance muito mais impactante do que o esperado.
Projeto de Salvamento de Germoplasma
Este programa foi criado para resgatar o material genético das plantas do entorno da Usina através da conservação do germoplasma, técnica utilizada para assegurar a sobrevivência da espécie por mais um ciclo de vida e garantir a preservação da flora local. Após esse procedimento, o material coletado será reintroduzido no meio ambiente por meio do Projeto de Reflorestamento, de modo a restaurar as áreas florestais. “Os recursos genéticos contidos neles são de alta relevância para a conservação da biodiversidade vegetal”, exalta Fabrício Pereira, gestor de meio ambiente da UHE Baguari.
Ao todo, o projeto inseriu 90 espécies na região. No entanto, apenas para a Jussara euterpe edulis, essa iniciativa trouxe um benefício ainda mais especial. Isso tudo porque, há alguns anos, a espécie, popularmente conhecida como Palmito doce, está ameaçada de extinção. Através do programa, o material genético dessa planta será conservado por mais alguns anos, assegurando assim a sobrevivência dessa raridade da flora brasileira. “Embora não seja mais importante que as demais, foi de grande valia ter esta espécie na lista das contempladas no projeto. Trata-se de uma planta que produz um palmito de sabor adocicado e muito procurado por extrativistas na região, o que pode levá-lo a extinção”, finaliza Fabrício.
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